Diagnóstico Diferencial: Um mesmo sinal ou sintoma de que há uma alteração na saúde de uma pessoa pode ser observado em diferentes possibilidades de diagnósticos.
Um exemplo para isso é o que os médicos habitualmente apresentam como sintomas comuns de gripes e resfriados: febre, tosse e dor no corpo.
No entanto, os vírus que afetam o corpo humano no caso do resfriado (rinovírus, especialmente) e da gripe (vírus influenza) são diferentes, e outros sintomas se somam a uma ou outra situação a depender da gravidade do quadro da doença que, nesta situação, pode ser pior nos quadros gripais. .
No consultório, além dos exames laboratoriais, os médicos avaliarão os aspectos clínicos que apontarão especialmente para o modo como o paciente evolui para a melhora ou para a piora do quadro em curto espaço de tempo.
Para o diagnóstico diferencial dos Transtornos do Desenvolvimento, da fala e da linguagem a situação é bastante semelhante.
Há muitos sinais e sintomas entre as diferentes possibilidades de diagnósticos e, por isso, é importante que o profissional invista tempo na avaliação e na análise para que as decisões diagnósticas sejam mais acertadas.
Um ou outro sinal ou sintoma isolados, ou somados em dois ou três itens, não garante o diagnóstico de um Transtorno, de Deficiência ou Síndrome.
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL é a capacidade que o profissional de saúde tem, com o conhecimento construído e experiência clínica, de DISTINGUIR aquilo que parece ser um “diagnóstico”, ser, de fato, um diagnóstico.
Além disso, há uma série de procedimentos, avaliações e outras práticas clínicas, além da necessária relação multidisciplinar, que devem ser considerados para que uma postura decisória sobre um diagnóstico seja executada.
A avaliação realizada pelo fonoaudiólogo irá compor com o processo de compreensão do funcionamento da linguagem, de fala, dos aspectos neurológicos e das possibilidades de aprendizagem e de desenvolvimento da pessoa que está sendo observada, e essa avaliação não deve ser apressada.
No entanto, em meio ao que se pode dizer sobre um ou outro diagnóstico, é muito importante destacar que seja o paciente adulto, seja o familiar que está em busca de respostas e, por isso, ansioso e angustiado possivelmente em um caminho já longamente percorrido até o momento do encontro com profissionais acolhedores, é necessário ter cautela.
Oferecer um diagnóstico é, em qualquer medida, designar a alguém e sua família um lugar que demandará cuidado e atenção de longo prazo.
DESCONFIE:
- Do diagnóstico em uma única sessão;
- Das certezas imediatas;
PREFIRA:
- Avaliações processuais;
- Terapêuticas diagnósticas – com as quais se pode tomar decisões sem abreviações e, ao mesmo tempo, oferecer a terapêutica necessária ao paciente.
“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Dra. Renata Barros – CRFa. 2-10601 – Fonoaudióloga, Campinas/SP
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