As emissões otoacústicas é o exame realizado na triagem auditiva neonatal, também conhecido como teste da orelhinha. Este exame, totalmente objetivo e indolor pode ser realizado em poucos minutos e nos fornece informações sobre a Cóclea, que é o órgão responsável pela audição.
As emissões otoacústicas (EOAs) refletem as propriedades micromecânicas e ativas do órgão de Corti, sendo que as células ciliadas externas parecem estar particularmente envolvidas na sua geração. A presença das EOAs indica que o receptor pré-neural (e necessariamente o mecanismo da orelha média) é capaz de responder ao som de modo normal, sendo este, até então o seu maior valor clínico.
Desde 1949 já se discutia a existência de uma realimentação positiva proveniente da cóclea, no entanto apenas em 1978 David Kemp foi capaz de registrar esta energia em forma de ruído e as definiu como liberação de energia sonora originada na cóclea, que se propaga pela orelha média, até alcançar o conduto auditivo externo. Ele pôde demonstrar que as EOAs estão presentes em ouvidos funcionalmente normais e que deixam de ser detectadas quando os limiares tonais estiverem acima de 20-30 dB.
O descobrimento das EOAs contribuiu para a formação de novo conceito sobre a função da cóclea, mostrando que esta não é só capaz de receber sons, mas também de produzir energia acústica.
A presença das emissões otoacústicas indica que o mecanismo receptor coclear pré-neural (e necessariamente o mecanismo da orelha média) é capaz de responder ao som de um modo normal, sendo este, até então, o seu maior valor clínico. A descoberta das EOA e de técnica apropriada para registrá-las vem de encontro à necessidade de testar um grande número de sujeitos.
Principais indicações:
- triagem auditiva neonatal;
- triagem auditiva em escolares:
- suspeita de perda auditiva em crianças ou adultos com comprometimento neurológico ou psíquico, que não respondam a audiometria tonal:
- diagnóstico diferencial da desordem do espectro da neuropatia auditiva:
- monitoramento de pacientes que apresentem risco de perda de origem coclear, como por exemplo, que fazem uso de ototóxicos ou estão expostos a ruídos:
“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”
Fga Dra Elaine Soares
CRFª 2-8024