Seleção, Indicação e Acompanhamento de Implantes Cocleares e Ósseos

Assim como no implante coclear, após o procedimento cirúrgico, os implantes ósseos ou próteses osteoancoradas precisam ser ativados. Neste caso o momento da ativação depende em parte do modelo de implante escolhido.

Alguns implantes ósseos podem ser ativados após 30 dias do procedimento cirúrgico enquanto outros podem precisar de um pouco mais de tempo (a depender da cicatrização). No momento da ativação serão avaliadas as condições pós-operatórias do paciente e este será orientado quanto ao uso e manutenção do dispositivo escolhido.

O procedimento de ativação neste caso é mais simples do que no implante coclear, porém também serão adequadas às expectativas do paciente em relação aos benefícios e limitações do indivíduo.

No primeiro ano normalmente o paciente precisará de 2 a 3 ajustes e nos anos subsequentes os ajustes serão anuais. Os ajustes tem como objetivo adequar o som ouvido pelo paciente, além de garantir o perfeito acoplamento da prótese ao longo dos anos.

A ativação do implante coclear é um procedimento que ocorre cerca de 30 dias após a cirurgia para implantação do dispositivo. Neste procedimento serão avaliadas as condições pós cirúrgicas do paciente e posteriormente serão ativados os eletrodos inseridos na cóclea cirurgicamente.

O momento da ativação normalmente gera muita ansiedade ao paciente e à família pois existe uma expectativa em torno de como serão as primeiras sensações auditivas e infelizmente estas sensações são variáveis entre indivíduos. Nossa equipe está preparada a tornar este momento o mais tranquilo possível, tentando adequar a expectativa às possibilidades reais.

Além da ativação será fornecida orientação específica ao uso e manutenção do dispositivo.

Após ativado o implante coclear, serão necessários mapeamentos subsequentes, que possuem o objetivo de adequar os sons recebidos pelo dispositivo. Normalmente no primeiro ano de uso do implante coclear serão necessário 3 a 4 mapeamentos. Após isso, quando o paciente atingir limiares auditivos estáveis e adequados, realizaremos o mapeamento anualmente.

Antes de cada sessão de mapeamento serão avaliados os limiares auditivos obtidos naquele momento de adaptação, com a finalidade de verificar o que precisa ser melhorado. No caso de crianças pequenas todo esse processo será realizado com dois avaliadores, garantindo assim maior confiança nos resultados.

Graças a evolução tecnológica atualmente, indivíduos que apresentam dificuldades ou ausência de benefícios no uso das próteses auditivas convencionais podem se beneficiar de outros dispositivos auditivos. Aqui na CCAF contamos com profissionais altamente especializados na avaliação de candidatos aos diferentes tipos de implantes.

IMPLANTE COCLEAR

Indicado aos indivíduos que não possuem benefício auditivo a prótese auditiva convencional. Geralmente portadores de perdas auditivas severas a profundas. Neste caso serão avaliadas as habilidades auditivas frente ao uso das próteses em cada orelha separadamente através de uma bateria de avaliação audiológica.

Após a avaliação caso o indivíduo seja considerado candidato ao implante coclear este será orientado quanto às reais possibilidades e limitações inerentes ao caso. Serão oferecidas diferentes opções de modelos e marcas. O paciente será encaminhado ao cirurgião para realizar a cirurgia e retornará à clínica para realizar a ativação e o seguimento.

IMPLANTE ÓSSEO

O implante ósseo é especialmente indicado quando há algum impedimento auditivo por via aérea, como nos casos de microtia (ausência de pavilhão auditivo) por exemplo. Nestes casos podemos optar pela transmissão óssea do som.

O implante ósseo normalmente é realizado em pacientes com idade superior a 5 anos, porém em crianças pequenas com a finalidade de garantir desenvolvimento adequado de fala e linguagem podemos utilizar os aparelhos de condução óssea fixados em tiaras, faixas ou bonés. Aqui na CCAF dispomos de diversas opções e iremos juntamente ao paciente avaliar o mais adequado ao seu estilo de vida

Recentemente se tornou possível a avaliação da via auditiva central, na realização dos potenciais evocados auditivos de longa, média e curta latência, em usuários de implantes cocleares.

Neste caso, os estímulos de cada exame, será oferecido diretamente ao implante coclear, e é por isso que tem sido conhecido como BERA ELÉTRICO, uma vez que o processador do implante irá transformar o estímulo em impulso elétrico diretamente no nervo auditivo.

Esta medida tem sido utilizado como forma objetivo de verificar o benefício do implante coclear, avaliando como o estímulo auditivo caminha na via auditiva do paciente até o córtex cerebral.

Extremamente útil no monitoramento e acompanhamento de crianças pequenas onde temos dificuldades em obter respostas comportamentais confiáveis. A metodologia pode orientar as sessões de mapeamento informando quais sons não estão sendo captados pela via auditiva central.

O exame é indolor e realizado com o paciente em repouso. Se o objetivo for avaliar o limiar auditivo (potenciais evocados de curta latência) o indivíduo pode estar dormindo ou de olhos fechados, porém se o objetivo for avaliar as habilidades auditivas do paciente precisamos que ele esteja acordado e atento, portanto precisamos da colaboração do paciente para que o teste seja confiável.

“As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”