Seu filho tem ATRASO DE FALA?

O atraso de fala é um dos medos que rodeiam os pensamentos e as angústias de muitas famílias. Isso ocorre especialmente com famílias que observam que suas crianças com dois, três anos, até os 5 anos de idade estão demorando pra falar, ou que falam muito pouco.

Sabemos, a partir da prática científica, que o atraso de fala pode ocorrer por diferentes situações. Podemos citar algumas aqui, mas já adiantamos que uma busca simples em qualquer página da internet não resolve a situação da criança. E dizer isso é importante porque é necessário que a criança e a família estejam em acompanhamento fonoaudiológico, porque na sessão terapêutica o profissional irá avaliar os diferentes aspectos da linguagem e das relações familiares e é a partir dessa compreensão que o fonoaudiólogo deverá traçar o processo terapêutico.

Uma criança pode demorar para falar, ou falar pouco, devido a fatores como perda auditiva, ou por problemas genéticos, ou em função de uma característica observável do Transtorno do Espectro Autista, ou um sinal de Deficiência Intelectual. O atraso de fala também é uma das características possíveis de serem observadas em crianças com Apraxia de Fala, Distúrbio Específico de Linguagem (DEL) ou até mesmo por falta de condições sociais de linguagem, mas nem por isso se torna uma situação simples.

A investigação fonoaudiológica passa por todos esses aspectos (e por outros) para que se possa descartá-los, ou confirmá-los. Serão avaliados todo o conjunto estrutural e funcional implicados para a fala como a capacidade auditiva, os músculos da face e os músculos intra-orais, e o sistema estomatognático como esse, por exemplo, que permite que a boca seja aberta. Isso porque a correta produção dos sons da fala vai depender da capacidade de articular, da precisão e da coordenação dos movimentos do sistema estomatognático.

Seja qual for a situação que estiver promovendo o atraso de fala, é a fonoaudióloga quem irá avaliar e dizer quais são os próximos passos a serem percorridos.

Neurofisiologicamente, a criança de dois anos, em situação ótima, já está apta a reproduzir os sons da fala, mas o desenvolvimento depende também de questões sociais e linguísticas. Algumas das alterações de fala comuns em crianças estão relacionadas ao desequilíbrio dessas estruturas orofaciais e da coordenação entre os mecanismos articulatórios, laríngeos e respiratórios para a produção da articulação da fala. Na terapia fonoaudiológica busca-se justamente o equilíbrio e a precisão dos movimentos da fala em paralelo aos processos de linguagem nos quais estão os aspectos simbólicos e de significação, como o aspecto relacional das interações.

O que os pais podem fazer pra estimular a criança para aprendizado da fala?

Uma das coisas que temos insistido em dizer é sobre a importância da brincadeira. Costumamos dizer que Brincadeira é coisa Séria, e é na brincadeira que a criança vai experimentar tanto o que ela observa no seu cotidiano, quanto ela vai produzir novas formas de se relacionar com as pessoas e com o mundo.

Assim como a brincadeira, a amamentação para crianças menores, e a alimentação conforme a pediatria indica, são de extrema importância para ajudar essas estruturas faciais a se desenvolveram tanto em relação à forma e posicionamento, quanto em relação à força muscular. Lembrem-se que é o equilíbrio entre estrutura e funcionamento que precisamos. Além disso, a experiência com os diferentes sabores e texturas irão contribuir para a futura precisão dos movimentos para a realização de ponto e modo articulatório dos sons da fala.

Você tem dúvidas? Sua criança está enfrentando alguma dificuldade para falar? Entre em contato conosco.

As informações aqui colocadas são de caráter informativo. Cada paciente possui suas particularidades e deve ser avaliado e tratado de forma individualizada. Se você tem algum problema de saúde, procure um médico especialista.”

Dra. Renata Barros
Fonoaudióloga – CRFa. 2-10601

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